Meu Chefe Quer Ser Influencer? Elon Musk ao Dono da Havan, o Lifestyle do Líder é Estratégia Poderosa ou um Erro Fatal?
O paralelo entre João Adibe (CIMED) e Eike Batista ilustra um dos maiores riscos e maiores benefícios do conceito de “Live Style” — a exposição da vida pessoal do líder como ferramenta de marketing. Enquanto João Adibe tem usado seu estilo de vida para fortalecer a CIMED e criar uma marca sólida e respeitada, Eike Batista, o magnata que se tornou um dos empresários mais conhecidos do Brasil, viu seu império desmoronar quando a exposição excessiva de sua imagem e estilo de vida levou à perda de credibilidade. Ambos usaram suas imagens pessoais para construir suas marcas, mas a diferença crucial está na forma como essas imagens foram geridas.
Na Agência Via, nós constantemente refletimos sobre esses exemplos e aplicamos esse aprendizado em nossas estratégias. O Lifestyle do Líder, quando bem administrado, pode ser uma poderosa ferramenta de construção de autoridade, mas também pode destruir uma marca se não for tratado com responsabilidade. Aqui, defendemos o uso do “Live Style” de maneira cuidadosa, alinhada com a identidade da marca e seus valores, sempre focando na credibilidade e confiança.
O Caso de Eike Batista: O Perigo de Expor Demasiadamente a Imagem do Líder
Eike Batista, no auge de seu império, foi o exemplo clássico de um “empresário influenciador”. Ele construiu uma imagem de magnata e visionário, utilizando seu estilo de vida luxuoso como uma extensão das suas empresas, como a EBX. Suas redes sociais e aparições públicas eram repletas de glamour e uma vida de excessos, o que atraiu investimentos e atenção midiática.
Porém, quando Eike Batista se viu envolvido em escândalos de corrupção e sua imagem pessoal desmoronou, o impacto nas suas empresas foi devastador. As ações de suas empresas caíram, e a confiança do mercado foi destruída. O erro de Eike foi vincular de maneira excessiva sua imagem pessoal à das empresas, criando uma relação onde, quando sua imagem caiu, a das suas marcas também desmoronaram.
O Sucesso de João Adibe e a CIMED: O Uso Estratégico do Live Style
Por outro lado, João Adibe, CEO da CIMED, tem utilizado seu estilo de vida de forma estratégica para fortalecer a imagem da empresa, mas com um foco em autenticidade e credibilidade. Ao contrário de Eike, que se expôs ao máximo, Adibe compartilha aspectos do seu cotidiano que estão diretamente alinhados com os valores da CIMED, como hábitos saudáveis, compromisso com o trabalho e responsabilidade social. Ele humaniza a marca e cria uma conexão emocional com o público, sem cair na armadilha da ostentação.
O que João Adibe faz de maneira eficaz é mostrar o seu dia a dia de forma autêntica e genuína, sempre reforçando os valores de ética nos negócios e qualidade nos produtos da CIMED. Essa postura tem feito com que sua marca se distinga no mercado farmacêutico, sendo vista como transparente e confiável. A CIMED, portanto, construiu uma forte identidade de marca não em cima da imagem de João Adibe, mas em torno dos valores sólidos da empresa, com ele como um líder que respira e compartilha esses valores.
Live Style: Como Grandes Marcas Usam a Imagem de Seus Líderes
O conceito de “Live Style” não é novo. Grandes empresas ao redor do mundo, como Apple, Microsoft, Disney e muitas outras, sempre usaram o nome de seus fundadores para consolidar a imagem de suas marcas.
- Apple: Steve Jobs se tornou um ícone de inovação e excelência, com sua imagem pessoal sempre associada à Apple. Sua filosofia de design minimalista e sua maneira de conduzir a empresa eram sinônimos de criatividade e inovação.
- Microsoft: Bill Gates também usou sua imagem de líder visionário e filantropo para fortalecer a Microsoft, associando a marca a responsabilidade social e inovação.
- Disney: O próprio nome de Walt Disney está tão enraizado na marca que a empresa se tornou um império ligado à sua visão e estilo de vida. A marca e seus parques não seriam o que são hoje sem o legado de Walt Disney.
Esse uso estratégico da imagem dos fundadores ajudou a construir algumas das marcas mais poderosas do mundo. No entanto, é importante perceber que isso só foi possível porque os fundadores dessas marcas mantiveram a imagem alinhada com os valores da empresa, sem exageros ou comportamentos que pudessem prejudicar a imagem institucional.
Marcas Atuais que Aproveitam o Live Style
Atualmente, Elon Musk (Tesla, SpaceX), Mark Zuckerberg (Meta), Roberto Santiago (Havan) e João Adibe (CIMED) continuam a usar suas imagens pessoais como parte de suas estratégias de marketing.
- Elon Musk se tornou um dos maiores exemplos de um líder influenciador. Sua postura polêmica nas redes sociais e seu lifestyle excêntrico são uma extensão de sua marca, com o público associando sua visão futurista e suas empresas à sua personalidade irreverente.
- Mark Zuckerberg, por outro lado, tem usado a visibilidade de sua vida pessoal para mostrar uma imagem mais humana e acessível, especialmente em sua jornada para reformular o Meta e apostar no futuro do metaverso.
- No Brasil, o diretor da Havan, Roberto Santiago, tem adotado uma postura semelhante, compartilhando sua vida pessoal nas redes sociais. Isso tem gerado uma conexão emocional com seu público, além de reforçar o patriotismo e valores familiares da marca.
Esses exemplos mostram que o Live Style pode ser uma estratégia poderosa, mas, quando mal utilizado, também pode ser um risco.
Dicas para Usar o Live Style de Forma Eficaz:
- Mostre o Dia a Dia de Forma Genuína: Compartilhar momentos de lazer, desafios e rotina no trabalho humaniza a marca e fortalece o vínculo com o público.
- Credibilidade é Essencial: Evite a ostentação excessiva e comportamentos que possam ser interpretados como impróprios. O lifestyle deve refletir os valores da empresa.
- Seja Autêntico: Não crie uma versão artificial de sua vida. O público percebe quando algo é forçado. Mostre sua verdadeira essência, com transparência.
- Evite Postagens Controversas: A exposição de opiniões políticas ou postagens polêmicas podem prejudicar a percepção da marca. O foco deve ser na empresa, não em disputas ideológicas.
- Controle de Riscos: Tenha sempre protocolos de controle de riscos. A imagem de um colaborador ou líder pode ser mal interpretada e afetar a reputação da marca. Aqui na Agência Via, sempre aconselhamos a obter documentos de consentimento para o uso de imagens, garantindo o direito de uso de forma clara e transparente.
Posicionamento Político: Deve ou Não Deve?
A exposição de posicionamentos políticos por líderes de empresas tem gerado debates. Enquanto Elon Musk se posiciona publicamente em questões polêmicas, outros líderes, como João Adibe, evitam vincular suas marcas a tais posições. A pergunta que fica é: Vale a pena expor suas convicções políticas se isso pode dividir seu público? Aqui na Agência Via, aconselhamos que o posicionamento político seja refletido com cuidado, pois pode afetar tanto o alcance quanto a percepção da empresa.
Conclusão: O Lifestyle do Líder – Estratégia ou Risco?
O uso do “Live Style” como ferramenta de branding pode ser extremamente eficaz, desde que seja feito com responsabilidade. João Adibe (CIMED) e Eike Batista são exemplos claros de como essa estratégia pode ser um trunfo ou um erro fatal, dependendo de como a imagem do líder é administrada. Na Agência Via, sempre aconselhamos nossos clientes a humanizar a marca por meio do lifestyle do líder, mas com muito cuidado, evitando ostentação excessiva e comportamentos que possam comprometer a credibilidade e confiança da empresa.
Quando usado da maneira certa, o estilo de vida do líder pode fortalecer a marca, criar conexões emocionais com o público e até gerar um diferencial competitivo. Mas, quando mal gerido, pode rapidamente se tornar uma arma de destruição que prejudica não só a imagem do líder, mas também da empresa como um todo.
E você, acredita que o posicionamento político de um líder deve ser visível nas redes sociais ou isso pode prejudicar a imagem da empresa? Compartilhe sua opinião conosco!